Inundações e deslizamentos de terra em Mianmar provocados pelo tufão Yagi da semana passada e pelas chuvas sazonais de monções ceifaram pelo menos 293 vidas.
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Segundo a junta militar, na quinta-feira, o número de mortos em Myanmar na sequência da destruição causada pelo tufão Yagi subiu para 293, existindo ainda 89 pessoas desaparecidas.
O tufão Yagi, que atingiu o país há mais de uma semana, também causou inundações e deslizamentos de terra generalizados no norte do Vietname, no Laos, na Tailândia e em Myanmar. Segundo relatórios oficiais, o número de mortos na região é agora de 613.
O tufão Yagi já atingiu o Vietnã, o norte da Tailândia e o Laos, matando quase 300 pessoas no Vietnã, 42 na Tailândia e quatro no Laos, de acordo com o relatório do Centro de Coordenação Humanitária da ASEAN na segunda-feira. Nas Filipinas, 21 pessoas foram mortas e outras 26 estavam desaparecidas.
O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários disse na segunda-feira que cerca de 631 mil pessoas poderiam ser afetadas pelas enchentes em Mianmar. Segundo a agência da ONU para os refugiados, 3,4 milhões de pessoas já estavam deslocadas em Mianmar no início de setembro, principalmente devido à guerra e à agitação dos últimos anos.
As fortes chuvas do tufão e das monções sazonais causaram inundações repentinas generalizadas em Mianmar, particularmente nas regiões centrais de Mandalay, Magway, Bago e Delta de Ayeyarwaddy, nos estados orientais de Shan, Kayah, Kayin e Mon, e na capital nacional Naypyidaw.
Os níveis de água baixaram em algumas zonas inundadas, mas a situação continua crítica noutras zonas dos Estados Shan e Kayah.
Mais de 160 mil casas foram danificadas e 438 campos de socorro improvisados foram abertos para mais de 160 mil vítimas das enchentes, informou Myanma Alinn. O governo militar anunciou que quase 240 mil pessoas ficaram desabrigadas.
Mianmar experimenta condições climáticas extremas praticamente todos os anos durante as monções. Em 2008, o ciclone Nargis matou mais de 138 mil pessoas ao redor do delta do rio Irrawaddy. O então governo militar ficou gravemente desacreditado quando atrasou a aceitação de ajuda externa.
No fim de semana passado, a junta fez um raro apelo aos países estrangeiros para que ajudassem a lidar com o desastre.
O chefe da Junta, Min Aung Hlaing, “ordenou que todos realizassem medidas de reabilitação para retornar à normalidade dentro de seis meses”, informou o jornal estatal Global New Light of Myanmar na quinta-feira.
Na quarta-feira, um navio da Marinha indiana entregou suprimentos de socorro, como alimentos secos, roupas, remédios e tendas, ao porto de Thilawa, no centro comercial de Yangon, informou o jornal.
Com contribuições de agências.