Se a greve continuar, as remessas terão de ser redirecionadas para portos na costa oeste dos EUA ou no Canadá, resultando em custos mais elevados e tempos de trânsito mais longos, o que poderá resultar em preços mais elevados para os consumidores, afirmou.
Isto poderá agravar os problemas dos exportadores indianos, que já enfrentam custos de frete mais elevados e atrasos devido a perturbações na rota do Mar Vermelho. Ambos forçam os navios a seguir uma rota muito mais longa, e esse desvio aumentaria o tempo e os custos de viagem em 2,5 a 3 vezes, resultando em milhares de quilômetros adicionais de transporte interno dentro dos EUA, segundo o relatório do pensador.
Cerca de 25 mil estivadores em portos nas costas leste e do Golfo dos EUA estão em greve desde 1 de outubro, fechando 14 portos importantes, incluindo Nova Iorque/Nova Jersey, Baltimore, Miami e Houston.
De acordo com o relatório, o número de navios porta-contentores à espera para descarregar aumentou de três para 45 e o atraso poderá duplicar até ao final desta semana, podendo levar semanas ou mesmo meses a ser resolvido. Estima-se que a greve custe à economia dos EUA entre 4,5 mil milhões e 7,5 mil milhões de dólares por semana.
“A greve ocorreu há menos de 48 horas e já está causando atrasos no descarregamento e processamento de remessas da Índia, impactando mercadorias como têxteis, produtos farmacêuticos e peças automotivas”, disse o fundador do GTRI, Ajay Srivastava. A Associação Internacional dos Estivadores (ILA) está a pressionar por aumentos salariais significativos e pela proibição da automação, enquanto a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX) ofereceu um aumento salarial de quase 50% ao longo de seis anos. As negociações estão em andamento, mas nenhum acordo foi alcançado. O governo dos EUA está monitorando a situação, mas não interveio.