DETROIT – Um júri concedeu na sexta-feira mais de US$ 12 milhões a uma mulher que perdeu o emprego em uma seguradora de Michigan porque se recusou a ser vacinada contra COVID-19.
Grande parte do dinheiro do prêmio – US$ 10 milhões – é para danos punitivos contra a Blue Cross Blue Shield de Michigan, de acordo com o formulário de julgamento.
Lisa Domski, que trabalhou na Cruz Azul durante mais de 30 anos, disse ter sido vítima de discriminação religiosa. A empresa não concedeu isenção da sua política de vacinação em 2021, apesar de insistir que isso entraria em conflito com as suas crenças católicas.
O advogado de Domski, Jon Marko, disse que ela tem trabalhado 100% remotamente como especialista em TI durante a pandemia; 75% antes do surto de COVID-19 em 2020.
Mesmo sem a vacina, “ela não representava perigo para ninguém”, disse Marko numa entrevista após o ensaio.
Além dos danos punitivos, o júri do tribunal federal em Detroit concedeu a Domski aproximadamente US$ 1,7 milhão em salários perdidos e US$ 1 milhão em danos imateriais.
A Blue Cross negou qualquer discriminação. Em uma ação movida anteriormente no caso, a seguradora disse que Domski não tinha crenças religiosas sinceras.
Um recurso é possível. A Blue Cross divulgou um comunicado, mas não disponibilizou ninguém para comentar.
“Embora a Blue Cross respeite o processo do júri e agradeça aos jurados individuais pelo seu serviço, estamos decepcionados com o veredicto”, disse a seguradora de saúde. “A Blue Cross está revendo suas opções legais e determinará seu próximo curso de ação nos próximos dias.”