FRANKFURT (Reuters) – As tarifas prometidas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afetariam o comércio internacional, mas poderiam, em última instância, ter apenas um “impacto menor” sobre a inflação, disse o legislador do Banco Central Europeu, Joachim Nagel.
Trump fez das tarifas um elemento central do seu apelo eleitoral. Alguns analistas temem que esta possa ser uma repetição muito pior da guerra comercial do antigo presidente republicano com a China em 2018-2019.
Nagel, Presidente do Bundesbank, referiu-se a estudos empíricos que mostravam que o efeito da integração global sobre os preços internos era “economicamente pequeno”.
“Embora possamos ter bastante certeza sobre a direção destes impactos, a sua magnitude parece ser pequena”, disse ele numa conferência em Tóquio. “Portanto, a integração global teria de diminuir significativamente para causar um aumento notável nas pressões inflacionárias. E não vimos isso antes.”
Acrescentou que se a fragmentação geoeconómica conduzisse de facto a uma maior pressão inflacionista, o BCE e outros bancos centrais poderiam mantê-la sob controlo através de taxas de juro mais elevadas.