SÃO SALVADOR, El Salvador – A Corte Interamericana de Direitos Humanos responsabilizou na sexta-feira o governo de El Salvador pela violação dos direitos de uma jovem salvadorenha a quem foi negado o aborto de seu feto anencefálico em um país onde o aborto é completamente proibido.
O tribunal regional com sede na Costa Rica disse que o governo era responsável pela violência obstétrica, violações de saúde e violação da integridade física da mulher, que tinha outros problemas de saúde.
O tribunal criticou a falta de protocolos para gravidezes de alto risco, o que levou a que o seu atendimento fosse “burocratizado e legalizado” em 2013. A mulher, identificada apenas como Beatriz, havia solicitado o aborto no início da gravidez e foi-lhe negado. O feto morreu poucas horas após o parto.
O caso foi movido por diversas organizações exigindo reparação para a família da mulher. Ela morreu após um acidente de trânsito em 2017.
O governo de El Salvador argumentou que a equipe médica tinha autonomia para decidir o melhor tratamento e preservar a vida do feto.
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