Secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy
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LONDRES (AP) – O secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, disse na segunda-feira que o país suspenderá imediatamente algumas licenças de exportação de armas para Israel devido a preocupações de que possam ser usadas de maneiras que violem o direito internacional.
Lammy disse que 30 das cerca de 350 licenças britânicas para exportação de armas para Israel seriam suspensas.
“Esta não é uma proibição geral. Isto não é um embargo de armas”, disse Lammy no seu discurso aos deputados na Câmara dos Comuns.
Lammy disse que uma revisão concluiu que havia um “risco claro” de que algumas licenças de exportação “pudessem ser usadas para cometer ou facilitar violações graves do direito humanitário internacional”.
As licenças de exportação suspensas afetam apenas aquelas que poderiam ser utilizadas no conflito entre Israel e a milícia palestina Hamas na Faixa de Gaza, disse Lammy.
“Não quero deixar dúvidas nesta Câmara: a Grã-Bretanha continua a apoiar o direito de Israel à autodefesa, de acordo com o direito internacional”, disse Lammy.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel não respondeu imediatamente ao pedido de comentários da CNBC na segunda-feira.
A decisão surge no contexto de protestos em curso em Israel. As manifestações pretendem forçar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a assinar um acordo de reféns com o Hamas.
Enormes multidões reuniram-se nas principais cidades israelenses no domingo; Em Tel Aviv, mais de 300 mil pessoas se reuniram para manifestações, de acordo com uma atualização traduzida pelo Google do Fórum de Famílias de Reféns, que organizou alguns dos protestos.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas deixou Israel cada vez mais isolado da comunidade internacional. Está a pressionar por um cessar-fogo devido às preocupações sobre a resposta militar do país no enclave de Gaza e a ameaça à população civil palestina.
— Ruxandra Iordache da CNBC contribuiu para este relatório.