LOS ANGELES- O site de mídia social Bluesky adicionou 1 milhão de novos usuários na semana desde as eleições nos EUA, à medida que alguns usuários X procuram uma plataforma alternativa para postar suas idéias e interagir com outras pessoas online.
A Bluesky anunciou na quarta-feira que sua base total de usuários aumentou para 15 milhões, de cerca de 13 milhões no final de outubro.
Promovido pelo ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey, o Bluesky era um espaço apenas para convidados até ser inaugurado em fevereiro. Esse período somente para convidados deu tempo ao site para desenvolver ferramentas de moderação e outros recursos. A plataforma é semelhante ao X de Elon Musk, com um feed “Discover” e também um feed cronológico para contas que os usuários seguem. Os usuários podem enviar mensagens diretas e fixar postagens, bem como encontrar “pacotes iniciais” que fornecem uma lista selecionada de pessoas e feeds personalizados para seguir.
O aumento pós-eleitoral de usuários não é a primeira vez que a Bluesky se beneficia com a saída de pessoas do X. A Bluesky adicionou 2,6 milhões de usuários na semana após o X ter sido banido no Brasil em agosto – 85% deles do Brasil, disse a empresa. Cerca de 500 mil novos usuários se inscreveram em um dia no mês passado, quando X sinalizou que contas banidas poderiam ver as postagens públicas de um usuário.
Apesar do crescimento da Bluesky, X anunciou na semana passada que tinha “dominado a conversa global sobre as eleições nos EUA” e estabelecido novos recordes. Segundo X, a plataforma teve um aumento de 15,5% em novas inscrições no dia das eleições, com um recorde de 942 milhões de postagens em todo o mundo. Representantes da Bluesky e X não responderam aos pedidos de comentários.
Bluesky fez comentários irônicos sobre seu relacionamento competitivo
“Posso garantir que nenhum membro da equipe Bluesky se sentará com um candidato presidencial esta noite e lhes dará acesso direto para controlar o que você vê online”, disse Bluesky.
Em toda a plataforma, novos usuários – incluindo jornalistas, políticos de esquerda e celebridades – têm postado memes dizendo que desejam usar um espaço livre de publicidade e discurso de ódio. Alguns disseram que isso os lembrava dos primeiros dias do X, quando ainda era o Twitter.
Na quarta-feira, o Guardian disse que não iria mais publicar artigos sobre X, citando como motivo “teorias de conspiração extremistas de direita e racismo” no site.
No ano passado, anunciantes como IBM, NBCUniversal e a controladora Comcast fugiram da teoria defendida que alimentava as tensões.