O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil bloqueia a rede social de Elon Musk depois que ela descumpriu a ordem do ministro Alexandre de Moraes de bloquear contas de pessoas sob investigação da justiça brasileira.
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De acordo com decisão emitida na sexta-feira pelo juiz supremo do país, Alexandre de Moraes, X deverá pagar uma multa final antes que a rede social de Elon Musk possa voltar a ficar online no Brasil.
A plataforma foi bloqueada em todo o país no final de agosto, decisão que foi mantida por um colegiado de juízes no dia 2 de setembro. No início deste mês, X apresentou documentos para informar ao Supremo Tribunal Federal que estava agora cumprindo ordens que já havia desafiado.
Conforme noticiou o G1 Globo do Brasil, X terá agora que pagar uma nova multa de 10 milhões de reais (cerca de US$ 2 milhões) por mais dois dias de descumprimento de ordens judiciais. A representante legal de X no Brasil, Rachel de Oliveira, também terá que pagar multa de 300 mil reais.
O caso remonta a abril, quando de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, conhecido como Supremo Tribunal Federal (STF), abriu uma investigação contra Musk e X por suposta obstrução à justiça.
Musk prometeu desafiar ordens judiciais para bloquear certas contas no Brasil. Ele chamou as ações do tribunal de “censura” e criticou De Moraes online, chamando o juiz de “criminoso” e encorajando os EUA a cortar a ajuda externa ao Brasil.
Em meados de agosto, Musk fechou os escritórios da X no Brasil. Isso deixou sua empresa sem representante legal no país, uma exigência federal para que todas as plataformas de tecnologia façam negócios lá.
Em 28 de agosto, o tribunal ameaçou Moraes com proibição e multas caso, entre outras coisas, agentes federais.
No início deste mês, o STF congelou os ativos comerciais das empresas de Musk, incluindo tanto a X quanto a empresa de internet via satélite Starlink, que opera no Brasil. O STF disse em processos judiciais que considera a controladora da Starlink, SpaceX e X, como empresas que trabalham juntas como partes relacionadas.
Musk escreveu em um post na época
Em 29 de agosto de 2024, no Brasil, o secretário do Supremo Tribunal Federal, ministro do STF Alexandre de Moraes, determinou a suspensão das contas de outra empresa, a Starlink, de propriedade de Elon Musk, para garantir o pagamento das multas aplicadas pelo STF devido à falta de representantes de X no Brasil.
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Como chefe do STF, de Moraes há muito apoia regulamentações federais para coibir o discurso de ódio e a desinformação online. Suas opiniões atraíram oposição de empresas de tecnologia e autoridades de extrema direita do país, bem como do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
Bolsonaro está sob investigação porque é suspeito de dar um golpe no Brasil depois de perder as eleições presidenciais de 2022 para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Embora Musk peça retaliação contra Moraes e Lula, ele trabalha com Bolsonaro há anos e o elogia. O ex-presidente do Brasil autorizou a SpaceX a fornecer comercialmente serviços de internet via satélite no Brasil em 2022.
Musk se descreve como um defensor da liberdade de expressão, mas seu histórico sugere o contrário. Sob a sua liderança, por insistência do governo, X removeu conteúdos críticos aos partidos no poder na Turquia e na Índia. De acordo com uma análise do site de notícias de tecnologia Rest of World, X aprovou mais de 80% dos pedidos de exclusão do governo em 2023 em comparação com o ano anterior.
X enfrenta concorrência crescente no Brasil de aplicativos sociais como Threads da Meta e Bluesky, que atraíram usuários durante o bloqueio.
A Starlink também enfrenta no Brasil a concorrência da eSpace, empresa franco-americana que este ano recebeu autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para fornecer serviços de internet via satélite no país.
Lukas Darien, advogado e professor de direito do Centro Universitário Facex do Brasil, disse à CNBC que as ações de execução do STF contra X provavelmente mudarão a forma como as grandes empresas de tecnologia veem o tribunal.
“Não há mudança na lei aqui”, escreveu Darien em uma mensagem. “Mas as grandes empresas de tecnologia, em particular, estão agora conscientes de que as leis se aplicam independentemente do tamanho da empresa e da extensão do seu alcance no país.”
Musk e representantes do X não responderam imediatamente a um pedido de comentário na sexta-feira.
Na noite de quinta-feira, o X Global Government Affairs divulgou a seguinte declaração:
“X está empenhada em proteger a liberdade de expressão dentro dos limites da lei e reconhecemos e respeitamos a soberania dos países em que operamos. Acreditamos que o acesso do povo brasileiro à
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