Por Aditya Kalra
NOVA DELHI (Reuters) – Investigações antitruste indianas descobriram que Amazon (NASDAQ:) e Walmart (NYSE:) Flipkart violaram as leis de concorrência locais ao dar preferência a alguns vendedores, priorizar certas ofertas e oferecer grandes descontos em produtos, prejudicando assim outras empresas que foram prejudicadas.
Aqui estão as principais conclusões da Comissão de Concorrência da Índia (CCI), detalhadas em dois relatórios que não são públicos, mas foram revisados pela Reuters.
Amazon, Flipkart e CCI não responderam aos pedidos de comentários sobre os relatórios.
*VENDEDOR PREFERENCIAL: A Amazon tinha seis vendedores preferenciais, enquanto a Flipkart tinha 33 que receberam tratamento preferencial em suas plataformas, violando as leis antitruste. Os vendedores recebiam marketing, armazenamento e outros serviços a “custo mínimo”.
A CCI também disse que a Amazon e a Flipkart usaram os seus investimentos estrangeiros para oferecer esses preços subsidiados.
Tanto a Amazon quanto a Flipkart têm um ecossistema “no qual nenhum vendedor além do vendedor preferencial pode sobreviver”, disse o CCI.
*LISTAS PREFERENCIAIS: A CCI afirmou que a maioria dos produtos que aparecem no topo das listagens da Amazon e da Flipkart eram de supostos vendedores preferenciais. Isto cria uma barreira para outros vendedores, disse a CCI.
* LANÇAMENTOS DE PRODUTOS EXCLUSIVOS: Tanto a Amazon quanto a Flipkart fizeram parcerias com empresas de smartphones e tecnologia para lançar seus dispositivos com exclusividade, um movimento que prejudicou varejistas menores.
“Os lançamentos de produtos exclusivos tiveram um sério impacto não apenas nos vendedores regulares da plataforma, mas também nos varejistas tradicionais que receberam telefones celulares muito mais tarde”, relata o CCI.
* ALTOS DESCONTOS: Tanto a Amazon quanto a Flipkart deram aos seus vendedores afiliados e preferenciais a opção de oferecer grandes descontos, ou seja, vender os produtos bem abaixo do custo, expulsando assim a concorrência do mercado, afirmam os relatórios da CCI.