O breve período da MariaDB como empresa pública está praticamente encerrado, já que seu difícil negócio de banco de dados está agora totalmente sob os auspícios da K1 Investment Management. MariaDB também anunciou um novo CEO: o ex-executivo da Micro Focus Rohit de Souza, substituindo Paul O’Brien após apenas 16 meses na presidência executiva e se preparando para a vida como uma empresa privada.
A empresa apresentou discretamente um Formulário 25 à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA em 26 de agosto. Naquele dia, a empresa de capital privado K1, com sede na Califórnia, adquiriu totalmente a MariaDB e as suas ações foram retiradas da Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE) como medida provisória. Na quinta-feira passada, MariaDB apresentou um Formulário 15 à SEC, iniciando oficialmente o processo de retirada de listagem da empresa na NYSE, que dura 90 dias completos. Isto significa que a MariaDB deixará oficialmente de ser uma empresa de capital aberto em 6 de dezembro, embora a empresa seja agora efetivamente privada, uma vez que a negociação cessou e tem requisitos limitados de relatórios.
O caminho para o SPAC
O MariaDB foi introduzido como um fork do MySQL há cerca de 15 anos, depois que surgiram preocupações sobre a independência do MySQL, depois que a Oracle efetivamente possuía o sistema de gerenciamento de banco de dados relacional de código aberto após uma série de aquisições em grande escala. A empresa de mesmo nome arrecadou cerca de US$ 230 milhões em financiamento ao longo dos anos para vender recursos e serviços premium além do projeto de código aberto MariaDB, eventualmente abrindo o capital por meio de uma empresa de aquisição de propósito específico (SPAC) no final de 2022 na Bolsa de Valores.
O IPO foi tudo menos bem-sucedido: a avaliação máxima no dia de negociação de US$ 445 milhões – um valor que já estava bem abaixo da avaliação privada máxima de US$ 672 milhões – caiu drasticamente nos meses seguintes, para menos de US$ 12 milhões no início de 2024. Uma série de Relatórios de lucros abaixo da média levaram a NYSE a alertar a MariaDB de que a empresa estava violando as regras de listagem que exigem que a capitalização de mercado global média de uma empresa não caia abaixo de US$ 50 milhões durante um período consecutivo de negociação de 30 dias.
A K1 fez uma oferta não vinculativa pela MariaDB em fevereiro, oferecendo US$ 0,55 por ação, o que equivalia a cerca de US$ 37 milhões. Apesar de uma oferta preliminar ligeiramente superior da empresa de software empresarial Progress, que nunca se materializou, a K1 seguiu em frente e garantiu a maioria das ações da MariaDB – em 26 de julho, 88,7% das ações em circulação. Isso foi alto o suficiente para desencadear uma declaração obrigatória de aquisição de ações, o que significa que K1 tinha o direito legal de comprar todas as ações ordinárias em circulação dos acionistas que não aceitaram a oferta pelo mesmo preço de US$ 0,55 – isso foi feito em 26 de agosto.