Um painel de cinco juízes do Supremo Tribunal Federal do Brasil manteve na segunda-feira uma decisão (PDF) que exige que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) restrinja o acesso ao X, o serviço anteriormente conhecido como Twitter. O juiz Alexandre de Moraes emitiu a proibição na sexta-feira em resposta à recusa do proprietário do X, Elon Musk, em cumprir ordens judiciais para bloquear determinadas contas e nomear um representante legal no país. Quatro outros juízes já apoiaram a decisão.
Poder360 E O globo relatam que três juízes – Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia – apoiaram totalmente a decisão de Moraes, enquanto um quarto, Luiz Fux, expressou reservas sobre multar pessoas que contornam a proibição com uma VPN, dizendo que apenas pessoas que postam mensagens criminosas , como aqueles que expressam o nazismo ou o fascismo, devem ser punidos.
Quanto ao impacto da proibição, plataformas rivais relataram um grande número de novas contas de usuários brasileiros. Poder360 observou que a sua conta X será agora gerida exclusivamente a partir de Portugal para respeitar a decisão do juiz.
Desde então, a Starlink disse ao regulador brasileiro de telecomunicações Anatel que não cumprirá a proibição até que o tribunal libere seus ativos. Até agora, o X ainda está acessível através do serviço. O jornal New York Times De Moraes supostamente bloqueou Starlink de transações brasileiras enquanto o tribunal busca recuperar US$ 3 milhões em multas não pagas de X. O serviço de Internet via satélite é operado pela SpaceX, que também é parcialmente propriedade de Musk.
Poder360 relata que a ordem judicial daria aos provedores de internet e lojas de aplicativos cinco dias para tomar medidas para bloquear o acesso ao X no país. O prazo foi definido para quarta-feira, 4 de setembro.