CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) – O governo do Panamá espera começar a deportar migrantes que cruzaram a perigosa selva de Darién dentro de dois a três meses, disse o comissário de migração do país, Roger Mojica, nesta sexta-feira.
Os voos serão pagos pelos Estados Unidos sob um acordo recente entre os dois países no início deste mês.
“Estamos atualmente identificando as necessidades, equipamentos e requisitos que o Panamá deve atender para iniciar o programa e estamos em discussões com os Estados Unidos”, disse Mojica durante uma teleconferência. “Esperamos poder iniciar o processo em dois a três meses.”
O novo presidente do Panamá, José Raúl Mulino, prometeu conter a imigração ilegal e começou a trabalhar em estreita colaboração com os Estados Unidos para controlar a passagem pela selva que liga a América Central à Colômbia.
O Darién Gap, no Panamá, uma área de selva que liga a América Central ao continente sul-americano, foi atravessado por meio milhão de migrantes no ano passado em busca de segurança e melhores oportunidades económicas, um recorde.
As autoridades panamenhas estimam que cerca de 213.702.000 pessoas cruzaram o Darién este ano até agora, muitas delas crianças.
Nos EUA, um importante país de destino para muitos migrantes, a questão da migração tornou-se cada vez mais importante no período que antecedeu as eleições. O candidato republicano e ex-presidente Donald Trump anunciou fronteiras mais rígidas e deportações em massa.