CIDADE DO PANAMÁ — O Panamá deportou 29 colombianos na terça-feira. O voo foi o primeiro pago pelos Estados Unidos no âmbito de um acordo assinado entre os dois países em julho, segundo o governo panamiano.
Os colombianos entraram ilegalmente no Panamá através da selva de Darién, rota utilizada por mais de 500 mil migrantes em direção ao norte no ano passado. A grande maioria deles eram venezuelanos.
Mas, pelo menos por enquanto, o Panamá não pode deportar venezuelanos porque as relações entre os dois países têm sido tensas desde que o Panamá – como a maioria dos outros países da região – se recusou a reconhecer os resultados das eleições na Venezuela que deram ao presidente Nicolás Maduro outro mandato. Os dois países romperam relações diplomáticas.
O presidente panamenho, José Raúl Mulino, que tomou posse em 1 de julho, prometeu parar este fluxo de migrantes – um interesse que partilha com o governo dos EUA.
Mulino disse inicialmente que os voos eram repatriações “voluntárias”, mas as pessoas deportadas na terça-feira tinham antecedentes criminais, disseram as autoridades.
Roger Mojico, diretor da agência de imigração do Panamá, disse a repórteres na terça-feira que o Panamá está conversando com outros países, como Equador e Índia, sobre a coordenação de voos de repatriação.