Três cidadãos norte-americanos presos na Rússia, incluindo o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, serão libertados como parte de uma troca de prisioneiros na quinta-feira.
Um alto funcionário dos EUA confirmou que Gershkovich, o veterano da Marinha dos EUA Paul Whelan e o jornalista de rádio russo-americano Alsu Kurmasheva serão libertados sob o acordo firmado pela administração Biden.
Um total de 24 prisioneiros da Rússia, dos EUA, da Alemanha e de três outros países ocidentais serão trocados. A troca ainda não ocorreu, mas é esperada ainda nesta quinta-feira.
Oito cidadãos russos serão repatriados para a Rússia, incluindo vários com suspeitas de ligações à inteligência russa.
Um deles é Vadim Krasikov, identificado pelas autoridades alemãs como coronel do serviço de inteligência russo FSB e que cumpre pena de prisão perpétua pelo assassinato, em 2019, de um opositor do Kremlin num parque de Berlim.
A troca ocorreu após dias de especulações sobre um intercâmbio maior entre diferentes países. Estas intensificaram-se depois de vários dissidentes e jornalistas presos na Rússia terem sido transferidos das suas celas para locais desconhecidos.
Entre os detidos, cujo paradeiro é desconhecido, está Vladimir Kara-Murza, um opositor do Kremlin com cidadania russo-britânica. Isso alimenta expectativas de que ele também possa ser libertado.
Outros possíveis candidatos na lista incluem o político da oposição russa Ilya Yashin e o experiente activista dos direitos humanos Oleg Orlov.
Embora as transferências secretas de prisioneiros sejam comuns na Rússia, os múltiplos “desaparecimentos” de prisioneiros conhecidos eram incomuns.
No início desta semana, o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, perdoou o cidadão alemão Rico Krieger, que tinha sido condenado à morte por terrorismo e outras acusações.
Se toda a informação for divulgada, seria um dos maiores intercâmbios entre a Rússia e o Ocidente na história.