O curto mandato do primeiro-ministro francês Michel Barnier
Michel Barnier, um conservador que foi nomeado primeiro-ministro em setembro, tornou-se o chefe de governo francês com o mandato mais curto na história da Quinta República. O seu governo minoritário durou apenas três meses, reflectindo o frágil ambiente político após as eleições gerais antecipadas deste ano, que levaram a um impasse no parlamento. Sem nenhum partido a comandar a maioria, a Reunião Nacional de extrema-direita teve um papel crucial na definição do futuro do governo.
Voto de censura do governo francês
A moção, apoiada por 331 deputados, ultrapassou os 288 votos necessários para ser aprovada. Membros da Assembleia Nacional, a câmara baixa de França, reuniram-se para expressar a sua insatisfação com o facto de Barnier ter utilizado os seus poderes constitucionais para contornar a aprovação parlamentar de propostas orçamentais. Os blocos de oposição criticaram as suas medidas de austeridade, dizendo que ignoravam as necessidades urgentes dos cidadãos.
Espera-se que Barnier apresente a sua demissão formal na manhã de quinta-feira, enquanto o presidente Emmanuel Macron deverá discursar à nação no final da noite.
A instabilidade política em França está a piorar
A Assembleia Nacional está dividida em três grupos principais: os aliados centristas do Presidente Macron, a Nova Frente Popular, de esquerda, e a Reunião Nacional, de extrema-direita. A natureza fragmentada deste parlamento já tornou a governação um desafio, e os analistas prevêem um impasse político contínuo enquanto Macron trabalha para nomear um novo primeiro-ministro. Novas eleições parlamentares não são esperadas antes de Julho de 2024, aumentando a incerteza.
Por que o governo francês foi ameaçado com um voto de desconfiança
O voto de desconfiança resultou de divergências sobre um projecto de orçamento que visa poupar 60 mil milhões de euros (63,07 mil milhões de dólares) para enfrentar o crescente défice de França. O fracasso do governo em garantir o apoio da maioria no parlamento para estas medidas, juntamente com a sua dependência dos poderes constitucionais para as implementar, suscitou críticas dos partidos da oposição. A França enfrenta pressões crescentes sobre a dívida, prevendo-se que o défice continue a aumentar este ano e atinja potencialmente 6% do PIB sem medidas corretivas. Os analistas alertam que a actual instabilidade poderá aumentar os custos dos empréstimos, mas rejeitam comparações com a crise da dívida grega de 2010-2012.
O que vem a seguir para o presidente Macron?
Enquanto o Presidente Macron se prepara para nomear o seu segundo primeiro-ministro em menos de seis meses, o parlamento fragmentado e os desafios económicos deverão testar a resiliência do seu governo. O presidente reafirmou o seu compromisso com o cargo até ao final do seu mandato em 2027, mas enfrentar a crise actual exige um equilíbrio delicado entre reformas económicas e consenso político.
(contribuições de agências)
O curto mandato do primeiro-ministro francês Michel Barnier
Michel Barnier, um conservador que foi nomeado primeiro-ministro em setembro, tornou-se o chefe de governo francês com o mandato mais curto na história da Quinta República. O seu governo minoritário durou apenas três meses, reflectindo o frágil ambiente político após as eleições gerais antecipadas deste ano, que levaram a um impasse no parlamento. Sem nenhum partido a comandar a maioria, a Reunião Nacional de extrema-direita teve um papel crucial na definição do futuro do governo.
Voto de censura do governo francês
A moção, apoiada por 331 deputados, ultrapassou os 288 votos necessários para ser aprovada. Membros da Assembleia Nacional, a câmara baixa de França, reuniram-se para expressar a sua insatisfação com o facto de Barnier ter utilizado os seus poderes constitucionais para contornar a aprovação parlamentar de propostas orçamentais. Os blocos de oposição criticaram as suas medidas de austeridade, dizendo que ignoravam as necessidades urgentes dos cidadãos.
Espera-se que Barnier apresente a sua demissão formal na manhã de quinta-feira, enquanto o presidente Emmanuel Macron deverá discursar à nação no final da noite.
A instabilidade política em França está a piorar
A Assembleia Nacional está dividida em três grupos principais: os aliados centristas do Presidente Macron, a Nova Frente Popular, de esquerda, e a Reunião Nacional, de extrema-direita. A natureza fragmentada deste parlamento já tornou a governação um desafio, e os analistas prevêem um impasse político contínuo enquanto Macron trabalha para nomear um novo primeiro-ministro. Novas eleições parlamentares não são esperadas antes de Julho de 2024, aumentando a incerteza.
Por que o governo francês foi ameaçado com um voto de desconfiança
O voto de desconfiança resultou de divergências sobre um projecto de orçamento que visa poupar 60 mil milhões de euros (63,07 mil milhões de dólares) para enfrentar o crescente défice de França. O fracasso do governo em garantir o apoio da maioria no parlamento para estas medidas, juntamente com a sua dependência dos poderes constitucionais para as implementar, suscitou críticas dos partidos da oposição. A França enfrenta pressões crescentes sobre a dívida, prevendo-se que o défice continue a aumentar este ano e atinja potencialmente 6% do PIB sem medidas corretivas. Os analistas alertam que a actual instabilidade poderá aumentar os custos dos empréstimos, mas rejeitam comparações com a crise da dívida grega de 2010-2012.
O que vem a seguir para o presidente Macron?
Enquanto o Presidente Macron se prepara para nomear o seu segundo primeiro-ministro em menos de seis meses, o parlamento fragmentado e os desafios económicos deverão testar a resiliência do seu governo. O presidente reafirmou o seu compromisso com o cargo até ao final do seu mandato em 2027, mas enfrentar a crise actual exige um equilíbrio delicado entre reformas económicas e consenso político.
(contribuições de agências)